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Sorrisos que curam: projeto Viver de Rir leva alegria a pacientes e idosos

icone de data 29/08/2024
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Sorrisos que curam: projeto Viver de Rir leva alegria a pacientes e idosos

Já parou para pensar no valor de um sorriso? Em meio às dificuldades enfrentadas durante tratamentos de saúde, até mesmo um pequeno motivo para rir pode se transformar em uma força poderosa para continuar. É exatamente essa a missão dos acadêmicos dos cursos da área da Saúde do Centro Universitário Univel que participam do projeto Viver de Rir.

O projeto visa levar alegria e leveza para pessoas que enfrentam situações difíceis, especialmente idosos em abrigos e pacientes hospitalizados. Iniciado no segundo semestre de 2023, a iniciativa envolve alunos de diversos cursos da área da Saúde, que se vestem de palhaços e realizam atividades lúdicas em locais parceiros, como o hospital Retaguarda e três abrigos: São Vicente, Bálsamo e Master, que abrigam idosos. Para desenvolver a atividade os acadêmicos passam tanto pelos internamentos da unidade de tratamento intensiva (UTI), quanto os da enfermaria do hospital de Retaguarda e, de forma geral, nos abrigos.

O projeto acontece uma vez por mês, geralmente aos sábados, com duração de cerca de quatro horas, considerando o tempo de preparação, maquiagem e as atividades junto aos idosos. Os participantes, desde o primeiro até o último ano de faculdade, são preparados com treinamentos sobre como reagir em diferentes situações, como lidar com possíveis rejeições e desenvolver a capacidade de improvisação durante as apresentações.

Atualmente, o projeto conta com 12 alunos selecionados de cursos como Enfermagem, Psicologia, Biomedicina, Fisioterapia e Educação Física, Odontologia, Nutrição. A experiência, de acordo com a coordenadora do projeto e do curso de Fisioterapia, Fernanda Chico, é enriquecedora tanto para os estudantes quanto para a população atendida. Os alunos desenvolvem habilidades como criatividade, improvisação e empatia, características muitas vezes não exploradas em ambientes puramente acadêmicos.

“Ele é extremamente valioso tanto para a população quanto para os alunos, pois os estudantes desenvolvem habilidades que muitas vezes não conseguem adquirir apenas na faculdade. Há um grande desenvolvimento da criatividade e da capacidade de reação rápida, especialmente ao lidar com as atividades de palhaçaria, que exigem bastante improvisação. Se algo planejado para ser engraçado não surte o efeito desejado, é necessário ajustar a abordagem e tentar outra forma de fazer as pessoas rirem. Essa habilidade de improvisação é fundamental. Para os alunos, é muito gratificante ver o sorriso no rosto dos idosos e dos pacientes no hospital, perceber que eles estão aproveitando o momento e entender que, muitas vezes, algo simples pode fazer uma grande diferença na vida dessas pessoas”, destacou a coordenadora Fernanda.

Para os idosos institucionalizados e pacientes hospitalizados, as interações proporcionam um alívio emocional, ajudando na recuperação ao oferecer momentos de descontração e alegria, diminuindo o foco na doença ou nas dificuldades do dia a dia. O projeto “Viver de Rir” mostra o impacto positivo da humanização no cuidado à saúde, criando um ambiente mais acolhedor e alegre.

HUMANIZAÇÃO NA PRÁTICA PROFISSIONAL

“O projeto nos capacita de forma intensa, nos ensinando que não estamos lá apenas para fazer brincadeiras, mas para ouvir essas pessoas”, essas são palavras da acadêmica de Fisioterapia, Maria Vitória de Oliveira de Melo, que reforça a importância da humanização na prática profissional. Para ela, o contato direto com os pacientes e idosos revela o verdadeiro valor da empatia e da escuta atenta, aspectos que, na opinião da acadêmica, não devem deixados de lado no ambiente acadêmico.

De acordo com a integrante do projeto, o Viver de Rir a fez perceber o quanto a humanização é essencial para o desenvolvimento humano e profissional.

“Em meio a tantas técnicas que aprendemos na faculdade, é fácil esquecer que o mais importante é olhar para o outro com empatia, como um ser humano completo, e não apenas como alguém com uma doença ou dificuldade”, finalizou Maria Vitória.

Fotos do Projeto

Alessandro Major Por Alessandro Major
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