Solidariedade: Acadêmicos do curso de Engenharia de Produção da Univel projetaram e produziram uma cama ortostática para uma aluna da APAE de Cascavel

Solidariedade: Acadêmicos do curso de Engenharia de Produção da Univel projetaram e produziram uma cama ortostática para uma aluna da APAE de Cascavel

Solidariedade: Acadêmicos do curso de Engenharia de Produção da Univel projetaram e produziram uma cama ortostática para uma aluna da APAE de Cascavel

A ação foi realizada em conjunto com o curso de Fisioterapia da Univel, que apresentou a necessidade da cama ortostática para a paciente, dos acadêmicos do curso de Engenharia de Produção, que projetaram e desenvolveram e das empresas parceiras, que doaram os materiais necessários 

 

A preocupação com o projeto e desenvolvimento de novos produtos exige cada vez mais a aproximação do profissional às reais necessidades da sociedade ou do mercado. E esse foi o ponto inicial para os alunos do sexto período do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário de Cascavel - Univel, na disciplina de extensão de Projeto e Desenvolvimento de Produto e UX. Os acadêmicos foram desafiados a olhar para a comunidade externa a Univel e desenvolver um produto que sanasse alguma necessidade latente.

Em conjunto com os professores do curso de Fisioterapia que fazem atendimentos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município de Cascavel, os acadêmicos de Engenharia de Produção puderam entender a importância da cama ortostática no tratamento fisioterápico das crianças atendidas. Nos seus atendimentos na APAE os alunos do curso de fisioterapia estimulam as crianças a uma série de exercícios e movimentos, a partir de diferentes equipamentos. Um deles é a cama ortostática, que tem como objetivo auxiliar o usuário a permanecer na posição vertical (ou seja, em pé). Trata-se de uma maca adaptada com amarras, que são utilizadas para segurar o corpo do paciente durante sua mudança de posição horizontal para vertical, fornecendo um apoio mecânico, estimulando a posição vertical mediante situações em que eles não são capazes de manter essa postura sozinhos. 

 

A APAE conta com um equipamento desses para os atendimentos. Entretanto, é de extrema importância no tratamento que o paciente estimule a posição horizontal além do período em que está sendo atendido na APAE, e para isso, surge a necessidade de ter esse equipamento em domicílio. Entretanto, trata-se de um equipamento de alto custo, e em grande parte dos casos as famílias desses pacientes não possuem capacidade financeira para aquisição do mesmo.

Assim, os futuros Engenheiros de Produção colocaram a mão na massa para ajudar quem precisa. Os acadêmicos desenvolveram todo o projeto informacional do produto, o projeto conceitual e detalhado, e partiram para a produção da cama ortostática. As atividades foram orientadas pela Professora da disciplina, Camila Reis e teve apoio de outros professores do curso: o Prof. Ademiro Rocha, da disciplina de Processos Mecânicos, o Prof. Enerdan Dalponte, que auxiliou na parte de projeto detalhado do produto, e o Técnico de laboratório Vitor, que auxiliou na orientação do uso dos equipamentos de fabricação. A participação da Prof. Daiane do curso de fisioterapia também foi fundamental para a compreensão dos alunos sobre a necessidade das crianças que necessitam do uso da cama ortostática.

O projeto ainda envolveu empresas da região e conhecidos dos alunos que se sensibilizaram e colaboraram com a doação de materiais utilizados na fabricação: Indústria Mecânica Volpato, Diferral Distribuidora de Ferro e Aço, Casa da Borracha, Estofaria Appi, Maxispuma Colchões, Araupel. Eng⁰ Móveis, Macerol, Gol Chapeação e Daniel Appi. Com os materiais em mãos os alunos executaram todas as etapas de fabricação, desde cortes, soldas, pinturas, forração e montagem.

Para a professora Camila Reis, o contato com a prática é de extrema importância na formação dos alunos. “É uma dinâmica muito diferente das disciplinas que ocorrem restritas ao ambiente da sala de aula. Os alunos precisaram se organizar em grupos, desenvolver cronograma de trabalho, planejar as atividades. Buscaram ferramentas já aprendidas durante o curso para auxiliar no desenvolvimento do projeto e tiveram que solucionar os problemas na prática, conforme eles foram aparecendo, inclusive gerenciando conflitos. A Engenharia de Produção é isso, um curso multidisciplinar, que busca solucionar problemas e melhorar os processos organizacionais. É a engenharia que relaciona os processos produtivos, os recursos materiais e as pessoas”. A professora destacou ainda o papel da Univel na formação de profissionais mais humanos, destacando a necessidade cada vez mais atual de conectar as pessoas em prol da empatia e generosidade, se sensibilizando com as necessidades do próximo. “Foi uma experiência única onde os alunos desenvolveram as habilidades e competências que se espera de um Engenheiro de Produção enquanto puderam olhar adiante e ajudar quem precisa”.

Para Janete Francisca, mãe da Heloísa, a cama ortostática vai fazer a diferença no desenvolvimento da filha. “A sensação de receber a cama é maravilhosa, para a Heloísa vai ser muito importante, porque vai ajudar a fortalecer a musculatura e é essencial para o desenvolvimento dela. O sentimento que estou sentindo agora é gratidão, pelos alunos, pela Univel e por todos que ajudaram”, declara Janete. 

De acordo com a acadêmica do 6° semestre de Engenharia de Produção, Natiele Lara, produzir a cama ortostática foi um desafio, mas através do conhecimento teórico e prático ministrado durante a graduação, foi possível realizar a entrega. “Confesso que inicialmente a dúvida nos cercava a todo momento "será que conseguiríamos produzir dentro do prazo estipulado?". Tendo em vista que o curso é voltado para a gestão no sentido mais amplo, diferentemente de outros que são direcionados à prática. O conhecimento teórico ministrado pelos professores em sala de aula foi relevante para a execução do projeto. Com auxílio dos professores de diferentes disciplinas e a troca de ideia entre os acadêmicos, foi possível execução, realizações de testes e entrega ao usuário final conforme o compromisso assumido”, conta Natiele. 

Para a acadêmica, além da sensação de realização por ter participado da produção, o sentimento de gratidão é ainda maior, por poder ajudar quem tanto precisa. “Foi gratificante ver a emoção da família e demais presentes no momento da entrega, para nós foi uma alegria imensa em ver nosso esforço sendo recompensado com lágrimas de emoção”, declara Natiele.

 

Por: Núcleo de Comunicação

20.12.2021

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