Violência contra a mulher é discutida em encontro na Univel

Violência contra a mulher é discutida em encontro na Univel

Violência contra a mulher é discutida em encontro na Univel

 

Alunos do curso de Direito que participam do projeto "Combate à violência contra a mulher: aspectos jurídicos e psicológicos", tiveram uma palestra com a promotora Andrea Frias, que explicou como será o funcionamento da Patrulha Maria da Penha, um trabalho que acontece por meio de um convênio com o Poder Judiciário, que irá fiscalizar as mais de 900 medidas protetivas da comarca. "Uma viatura vai fazer a fiscalização ostensiva com aspecto preventivo, a equipe vai bater na porta das casas das mulheres para fiscalizar as medidas, quando existe ordem de restrição contra o réu".

A violência doméstica no Brasil é histórica, tanto nos casos de maior ou de menor gravidade, na maioria das vezes, não começa de uma hora para outra, com o agressor já dando socos ou facadas. Primeiro, o homem desmoraliza, ele deixa a mulher submissa. No começo, são os crimes contra a honra, depois, os crimes de perigo com dano, lesão corporal e o homicídio. A maioria dos casos, com históricos mais graves, não é levado ao conhecimento da justiça, "Normalmente os familiares falam que a violência doméstica acontecia há anos, só que tem que denunciar, é uma forma de prevenção".

De acordo com a promotora, 90% das violências estão relacionadas ao alcoolismo, e, na maioria das vezes, sem testemunhas e entre quatro paredes, "O homem faz com que a mulher se sinta desvalorizada, desprezada e depois parte para a agressão. A Lei traz instrumentos de empoderamento das vítimas, agrediu, ameaçou ou ofendeu, se ela não quer o contato, a mulher tem o direito de ter a medida protetiva", complementa.

De acordo com a coordenadora do curso de Direito, Carol Buosi, o grupo de alunos da Univel que participou do encontro, está sendo preparado para dar palestras para os pais de crianças e adolescentes de colégios municipais de Cascavel. Eles vão abordar temas que envolvam a violência contra a mulher. "A instituição tem caráter educativo e no curso de Direito temos que pensar em formar profissionais comprometidos com os problemas sociais". A professora do curso de Direito, Edineia Sicbneihler, fala sobre a importância da parceria com o Ministério Público, "Este é um projeto de estudo complementar e ter esse contato, aproxima o aluno da realidade vivenciada na Comarca, já que esses dados de estatística só a promotoria tem".

Por: Núcleo de Comunicação

11.09.2017

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